sexta-feira, 13 de maio de 2011

Até onde a religião atrapalha


Quando nasci, fui batizada segundo a Igreja Católica, fiz primeira comunhão, mas à medida que fui e vou crescendo percebo que a religião não é algo tão crucial no meu dia-a-dia. Quando me perguntam pela minha religião, digo que tenho um lado espiritual independente de religiões. Chego a ficar irritada com fanáticos religiosos, e no Brasil isso é algo bem comum, visto que nosso país apesar de ter uma grande diversidade religiosa, é declarado Cristão.
Mas até onde a religião é boa, e onde ela chega a atrapalhar?
Nas eleições de 2010, foi lançado o boato que a candidata a presidência, Dilma, se eleita legalizaria o aborto. O que foi motivo para grande discussão e repressão dos “religiosos”. O Brasil por ser um país católico, nunca aceitaria o aborto, mas até onde a religião pode se ditar a política? Não sou a favor do aborto, mas sei que muitas mulheres cometem esse ato, essa é uma realidade no Brasil e no mundo inteiro. A Igreja Católica pode sim reprimir o aborto, e que diga isso aos seus fiéis, mas não pode decidir pelo governo o que fazer em relação à isso,pois os dados comprovam que no Brasil 250 mulheres morrem por ano por causa do aborto. Essa própria Igreja que recrimina o uso da camisinha e prega que o Livre Arbítrio é um dom de Deus, mas não vê a realidade do país atualmente. Querem criar pessoas castas, mas seus próprios padres não o são.
Não quero recriminar somente a Igreja Católica, mas também as religiões que exploram dos fiéis e que acham que o povo é burro. Os padres, pastores, anciões e todos outros que roubam do dinheiro suado do seu “rebanho”.
A mídia a todo tempo nos bombardeia com notícias que cada vez mais comprovam que religião virou um hálibi.
Já se esqueceram de Edir Macedo e dos padres pedófilos?
E há ainda quem acredite que com um pouco de dinheiro comprará seu lugar no paraíso e paz eterna.
Até quando o povo se alienará?
Fico triste por quem deixa de buscar a própria verdade, e coloca na mão de outras pessoas a sua “salvação”.
Sem contar os que ficam cegos, e acabam perdendo a cabeça, às vezes cometendo crimes, matando, ou às vezes fugindo de casa, da própria vida, em nome da religião.
No Oriente Médio, as crianças desde pequenas são ensinadas que se você morrer matando milhares de pessoas, como homem-bomba, elas terão um lugar no paraíso.
Por mais que seja a crença de um povo, como uma religião pode pregar a morte de inocentes por um ideal?
Não estou aqui para julgar. Só quero expor meu ponto de vista.
Não sou contras as religiões, nem a pessoas que são realmente fiéis e devotas, mas isso possui um limite, em que você saiba dosar o fanatismo, porque afinal de contas, tudo que é em excesso acaba fazendo mal.
Vejo religiões como uma forma de padronização e submissão.
Ou você segue as leis e os mandamentos, ou você vai para o inferno.
Ou você vira submisso ou você vai estar pecando.
Por que sujeitar as pessoas a serem inferiores?
Por que fazer as pessoas terem medo do inferno, purgatório e etc?
Porque é fazendo medo que as pessoas não questionarão, não se rebelarão, nem discutirão as “verdades” que a elas são impostas.
Você é um pensador livre ou apenas mais uma ovelha num rebanho?
Pare, pense, abra sua mente e busque a sua verdade!
Laura